sábado, 17 de outubro de 2009

Arte, Moda, Londres?

Londres é a capital da moda, essa afirmação é muito ousada, pois nos livros de história da moda e nas academias de moda é obrigatório que você saiba da moda de Paris e Milão.

Observando Londres mais de perto temos uma moda com um diferencial gigantesco e, isso não acontece só agora no momento em que a moda aparece com um papel de expressão artística contemporânea.

Londres, a metrópole que traz em seu espaço físico uma das maiores miscigenações do mundo, andar por suas ruas sugere infinitas reflexões. É interessante observar quantas etnias envolve aquele lugar e, o vestuário ainda mais.

Os momentos de moda são permanentes, mas como uma forte expressão,  ninguém está preocupado com o luxo ou ostentação, mas com a criação de um personagem, que ganha vida através da maneira que se movimenta, fazendo críticas sociais. A cidade tra uma revolução de moda,  parece ser quesito pra entrar em Londres, fazer parte da vanguarda.

Há uma mistura de arte, moda, revolução, expressão e liberdade, é simplesmente fantástica a moda nesse lugar que proporciona uma viagem lúdica através dos figurinos, exemplo clássico disso é a famosa estilista Vivienne Westwood.

Vivienne é o espelho de Londres, ela não tinha a menor intenção de ser estilista, mas com o intuito de ajudar financeiramente seu marido, Malcolm McLaren, empresário da banda Sex Pistols e impulsionada pelo movimento punk, montou e organizou um ateliê. A estilista fazia de suas criações um canal de revolução, consciência social e protesto, suas peças traziam amarrações, assimetria nos cortes e costura irregular. Após esse período, Vivienne não se manteve fiel ao movimento, em alguns momentos, suas criações eram mais comuns, mas sempre com uma pitada de conscientização e contestação.

Hoje, aos 68 anos, com uma vasta bagagem, Vivienne continua fazendo de sua moda um instrumento arquitetônico incrível de comunicação.

ALGUMAS CRIAÇÕES DE VIVIENNE




domingo, 13 de setembro de 2009

O que é Moda.

Definir a palavra moda é muito fácil, do latim "Modus"- tem como significado modo, maneira, complexo é entender o mundo e as conexões dessa palavra.
A moda está presente nos diversos momentos da história mundial, refletindo suas mudanças através dessas transições sociais.
Moda não está presente apenas no vestuário, mas no comportamento com um todo, o que você come, os locais onde frequenta, a música que ouve, o livro que te acompanha, a política que influencia o espaço geográfico onde você vive, o clima, a economia, enfim a moda é expressa por infinitos canais sociais.
Esse fenômeno, ciência, ou, instrumento de pesquisa e comunicação, ainda surta em diversos pensadores, a inquietação na busca de sua definição, mas a bipolaridade da moda dificulta ainda mais sua exatidão, difícil entender algo, na sociedade contemporânea, que expressa sua identidade dentro de uma essência efêmera, mas é exatamente isso que mantém a moda permanente, essa busca incessante por uma identidade visual, já que o cotidiano não tem mais caráter contemplativo, a correria pela sobrevivência possibilita ainda mais a "viagem" permanente da comunicação visual, que se torna fácil e usual, através do vestuário, objeto de desejo na sociedade de consumo. Ser diferente tem tornado as pessoas iguais, esse desejo pela singularidade é característica dentro da sociedade mundial contemporânea. A corrida desenfreada pelo consumo, os valores perdidos dentro do "universo humano" tem feito os participantes desse mundo pensarem um pouco mais nos conceitos e valores e, em um sistema onde as palavras se perdem e procuram um refúgio, só há lugar, para a permanente comunicação visual e a moda, tem sido o instrumento mais usado para esse encontro, 100% identidade, mesmo que momentâneo.
Essa duplicidade da moda, que simultaneamente faz o indivíduo consumista, (desejo) também o faz introvertido (envolto em seus sentimentos mais primitivos), com o único objetivo de se expressar, através da moda. Como os índios, que pintam seus corpos como um sistema natural de comunicação e confeccionam seus figurinos apenas para rituais, estão livres do consumo, porém participam diretamente do sistema de moda.
Com toda certeza passaremos muitas décadas, séculos, ou, nunca entenderemos esse "fenômeno" que é parte integrante do cotidiano humano.